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quarta-feira, junho 19, 2013

Os protestos são justos?

Por Nelson José de Camargo*

As grandes cidades brasileiras têm sido agitadas nas últimas semanas por protestos contra o reajuste nas tarifas de transporte coletivo. As manifestações começaram em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas já se espalharam por todo o país e alcançaram repercussão internacional.

Todo movimento que leva parcelas da população ás ruas é político, e não há nenhum problema nisso. Fazer política não se resume a votar em alguém, que geralmente nem conhecemos, entre as opções que nos são apresentadas pelos partidos. Política é algo muito mais complexo, é exercer os direitos e cumprir os direitos de cidadão.

Qualquer ocupante de cargo público, de qualquer um dos três poderes – executivo, legislativo ou judiciário − e de qualquer nível – municipal, estadual ou federal – pode e deve ser cobrado e fiscalizado pela população.

A população tem todo o direito de protestar quando percebe que seus direitos não estão sendo respeitados, e quando o Estado não cumpre suas atribuições.

Já houve momentos na história em que a população saiu às ruas para protestar contra regimes autoritários; para exigir o direito de escolher os seus representantes; e para exigir ética e honestidade na política.

Hoje em dia, um dos principais instrumentos de reivindicação política são os movimentos sociais. Foram os movimentos dos trabalhadores que asseguraram direitos e garantias como salário mínimo, jornada de trabalho compatível com a dignidade e o bem-estar dos trabalhadores, melhores salários, previdência social, entre outras conquistas.

domingo, abril 22, 2012

A corrupção na política: um problema brasileiro?

Por Nelson José de Camergo*
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A corrupção está sempre presente no noticiário político: escândalos, denúncias, CPIs, operações espalhafatosas da polícia federal, tudo isso alimenta diariamente o noticiário. Mas nenhum escândalo de corrupção fica muito tempo no noticiário: logo aparece mais uma notícia escabrosa que coloca o escândalo anterior no esquecimento.

É da natureza humana procurar acumular mais poder e riqueza, e para isso algumas pessoas são capazes de tudo. Os fins justificam os meios, numa frase atribuída a Maquiavel, mas que na verdade nunca foi dita por ele.

Alguns políticos brasileiros alavancaram sua carreira política no assim chamado “combate à corrupção”. Jânio Quadros, candidato a presidente em 1960, tinha como mote de campanha a “vassoura” que iria “varrer a corrupção”. Eleito, ficou apenas oito meses no cargo, e renunciou em circunstâncias até hoje não explicadas.

Com uma imagem de “defensor da moral e dos bons costumes”, Jânio quadros teve gestões bastante polêmicas nos cargos executivos que ocupou: prefeito de São Paulo, governador do estado e presidente. E não faltaram acusações de enriquecimento ilícito e desvio de dinheiro público.

Outro político brasileiro que se destacou com um discurso de “combate a corrupção foi Fernando Collor de Mello. Membro de uma tradicional família da oligarquia nordestina, Collor iniciou sua trajetória política no PDS – partido que dava sustentação ao regime militar. Depois foi eleito governador de Alagoas pelo PMDB. Tornou-se conhecido nacionalmente como o “caçador de marajás”, pelas medidas que adotou para combater privilégios de funcionários públicos.